ë Livro em destaque: Monte Palace

Prefácio

"A beleza própria da natureza sempre teve força de me comover, de criar dentro de mim um sentimento e um tempo de tranquilidade.
E foi essa necessidade e certeza que me permitiu acreditar que, no então votado ao abandono Monte Palace, era possível com paciência e persistência recriar o meu sonho, plantando e vendo crescer lentamente aquilo que é hoje um jardim tropical.
Aqui se plantou um conjunto rico e vasto de espécies oriundas dos vários continentes, com destaque especial para a rara colecção de cicas, provenientes da África do Sul e que em si são já motivo de visita ao novo jardim.
A preocupação em criar na Madeira um jardim botânico, imagem talvez romântica neste final do século, não descurou a presença da flora local, tendo-se criado um espírito próprio onde as espécies mais características da Ilha podem de igual modo ser observadas.
O desejo de se tornar a visita ao Jardim Tropical fonte de descoberta levou-me a integrar no espaço do jardim um amplo conjunto de azulejos que permitem observar a história desta arte desde o século XVI até aos nossos dias, conjunto que poderá constituir o acervo de um futuro Museu do Azulejo a abrir no próprio Monte Palace e que permita enriquecer e completar a rede museológica da Madeira. A preocupação museológica subjacente à colecção de azulejos não faz esquecer a possibilidade de poder utilizá-la didacticamente, tendo-se criado a ala da história dos reis de Portugal, através da qual as crianças, e todos os que nos visitam, podem, quase sem se dar conta disso, ter acesso a alguns dos principais acontecimentos da nossa história [...]".

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Obra para consulta na SLG da Biblioteca Pública Regional

FLO712.2FUN
CARVALHO, Marta
Monte Palace : um jardim tropical / Marta Carvalho ; pref. José Manuel Rodrigues Berardo ; rev. de texto Filipe Rodrigues. - Funchal : Fundação Berardo, 1999. - 176 p. : il. ; 32 cm. - [SLG]
I

ë Livro da semana: Associação Comercial e Industrial do Funchal : (1836-1933) esboço histórico

Introdução

"O presente estudo pretende delinear o largo percurso histórico da Associação Comercial do Funchal (1836), da Associação Comercial e Industrial do Funchal (l975/ e da Câmara de Comércio da Madeira, organização empresarial de características abertamente internacionais, como a Ilha que representa, e prestes a atingir 175 anos de actividade.
E uma história cujas origens se podem procurar no desenrolar do século XV, quando o navegador e empresário Diogo de Teive, ao serviço do Infante D. Henrique, em 1452» pediu autorização para montar na Ribeira de Santa Luzia, na capitania do Funchal, um engenho para moer cana-de-açúcar, utilizando a força da água. Num curto espaço de tempo, ao Funchal e à ilha da Madeira afluíram mercadores italianos e flamengos, capitais alemães que, com produtores, mercadores e capitais portugueses, desenvolveram a produção e o comércio açucareiro como uma das primeiras experiências da pré-industrialização e da formação do capitalismo internacional europeu.
Na sua sequência viria o comércio internacional do vinho da Madeira, já exportado ao longo do século XVI para a Inglaterra e, nos séculos seguintes, das produções artesanais em madeira, bordado e vime. A história do associativismo empresarial no comércio não é, em absoluto, a história do comércio, mas, de certa forma, foi uma das suas mais importantes vertentes e representa a afirmação crescente de uma identidade de classe, por oposição e/ou articulação com outros sectores económicos e sociais, para assegurar uma certa territorialidade do seu poder [...]".

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Obra para consulta na SLG da Biblioteca Pública Regional

FLO061.23FUN

MELO, Luís de Sousa
Associação Comercial e Industrial do Funchal : (1836-1933) esboço histórico / Luís de Sousa Mello, Rui Carita. - Funchal : Edicarte, D.L. 2002. - 197, [2] p. : il. ; 29 cm. - [SLG]. - Bibliografia, p. 191-192
ISBN 972-98769-2-4