ë Livro da semana : caracterização quantitativa e qualitativa

Introdução
Caracterização geral

"A floresta indígena madeirense, a crer nas descrições históricas que chegaram até aos nossos dias, ocupava praticamente toda a superfície da Ilha da Madeira, desde os cumes mais altos até à beira-mar. Podendo ser considerada uma floresta relíquia, cuja origem remonta ao Terciário, chegou a ocupar vastas extensões no Sul do Continente Europeu e bacia do Mediterrâneo, como o comprovam numerosos restos fósseis em assentamentos pliocénicos de diversos pontos da Europa meridional.
Alterações climáticas a nível do globo, mais precisamente o avanço das calotes polares proveniente do Norte, e o aumento da aridez a partir do Sul, levaram à sua extinção nas latitudes superiores, permitindo, contudo, a sua permanência nos arquipélagos incluídos na denominada Região Biogeográfica da Macaronésia, constituída pelos Arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde e ainda alguns enclaves no sul de Marrocos, assim como a costa ocidental de África, na zona do ex-Sahara espanhol. Aí, o clima mais ameno conferido pela presença do Oceano Atlântico, garantiu a sobrevivência desta notável formação higrófila [...].
A laurissilva dá abrigo a numerosos endemismos a nível dos estratos arbustivo e herbáceo, sendo também importante realçar a grande diversidade e desenvolvimento que as comunidades de líquenes e de briófitas, principalmente as epífitas, apresentam [...]".

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Obra para consulta na SLG da Biblioteca Pública Regional

Cota: FLO581.9RAM
NEVES, Henrique Costa
Laurissilva da Madeira : caracterização quantitativa e qualitativa / Henrique Costa neves . - Funchal : Parque Natural da Madeira, 1996. - 192 p. : il. ; 31 cm + 1 mapa desdobr.. - [SLG]. - [DEPÓSITO]. - [P03] Floresta -- Madeira (Portugal) / Madeira (Portugal) -- Laurissilva CDU 581.9(469.8) 630.1(469)

ë Livro da semana: Anuário de ouro da Madeira

Introdução

"É a Madeira que se retrata neste excelente livro, informando tudo quanto nela existe, o que proporciona ao visitante o primeiro contacto com uma realidade única, porque única é esta Ilha, no fascínio do seu povo universal, e na multiplicidade das suas paisagens caprichosas, por vezes, enervantemente belas.São os amanheceres indescritíveis que se levantam com a " raiva" da esperança prolongando-se na luz, resplandecente dos dias que se debruçam no mar cálido deste Atlântico desafiante.
São as noites explicadas nos sonhos que se agigantam há séculos, na realidade das transformações constantes da terra: das rochas fizeram ruas e jardins, e as casas povoaram o amantoado de pedras; onde ontem existiam só calhaus e mar, nasceram os pequenos portos e marinas.
Mais que o progresso a que tínhamos direito, o testemunho da grande capacidade de realização, de inteligência e criatividade do homem Madeirense, está reflectido em toda esta epopeia da transformação que neste século XXI o exalta e prestigia.Os livros - como este - servem, justamente, para levar aos possíveis leitores, a diversidade das terras e o que elas oferecem. São guias auxiliares para visitas recomendadas.Felicito a editora AÇORPLUS por mais este excelente trabalho deixando-lhe o testemunho da minha gratidão [...]".


FLO050.8RAM
ANUÁRIO DE OURO DA MADEIRAAnuário de ouro da Madeira = Madeira golden yearbook / coord. Ana Isabel Alves ; fot. Rui Martins ; trad. Jackie Rooke, Carina Medeiros. - 2ª ed. - Ponta Delgada : Açorplus, 2005. - 249, [1] p. : il ; 31 cm. - [SLG]

Ilha da Madeira (Portugal) -- [Anuários]
CDU 050.8 908(469.8)

ë Livro da semana: 30 anos de Autonomia 1976-2006

"A formação de uma consciência política insular é já de certa forma patente na Madeira nos meados do século XVIII, assumida, entre outros aspectos, com a formação de lojas maçónicas, as primeiras constituídas no território português e a resistência às determinações centralistas implantadas pelo governador João António de Sá Pereira, depois apelidado de "Pombal madeirense".

A nobreza insular, em particular, ligada à casa da morgada D. Guiomar Madalena de Vilhena, tia-avó do futuro conde de Carvalhal, de acordo com as queixas que esse mesmo governador largamente enviou para Lisboa, colocou sempre reservas às suas determinações, não se tendo coibido Sá Pereira, inclusivamente, de deportar para o Norte da Ilha um dos tios da morgada, o padre D. João José de Sá.

O governador conseguiu, assim, congregar à sua volta um verdadeiro mal-estar e, quando teve a notícia da queda, em Lisboa, do marquês de Pombal, sabendo o que o esperava, praticamente em segredo, abandonou com a família o palácio de São Lourenço, deixando o governo entregue a um triunvirato. Infelizmente, dada a falta de vento, o navio não conseguiu sair da baía, limitando-se a ficar ao largo. João António de Sá Pereira viu-se, assim, na situação de ter de assistir à iluminação festiva de toda a cidade, comemorando a sua saída e, ainda, nessa sequência, a um espectáculo de lançamento de fogo-de-artifício.
Nos inícios do século seguinte, inclusivamente, já eram patentes na Madeira sensibilidades políticas diversificadas, então designadas como "partidos", embora longe da configuração que hoje atribuímos ao termo, e uma imprensa activa e até agressiva na defesa dos interesses insulares. Em 1821, fundou-se na Madeira o célebre Patriota Funchalense, essencialmente da responsabilidade do Dr. Nicolau Caetano Bettencourt Pita, que escolheu para edição do seu primeiro número o dia 2 de Julho de 1821, considerado o do aniversário do descobrimento oficial da ilha da Madeira [...]"

In: As raízes da consciência política madeirense, p.13

Obra disponível para consulta na SLG da Biblioteca Pública Regional da Madeira

FLO323.1RAM
CARITA, Rui, 1946-30 anos de autonomia, 1976-2006 / Rui Carita ; des. Virgílio Gomes ; ed. lit. Assembleia Legislativa da Madeira. - [Funchal] : Assembleia Legislativa da Madeira, 2008. - 304 p. : il. ; 30 cm. - [SLG]. - Bibliografia, p. 303ISBN 978-989-95742-05
Autonomia -- Arquipelágo da Madeira (Portugal) -- 1976-2006
CDU 323.1(469.8)"1976/2006"

ë Livro da semana: A violência conjugal na Ilha da Madeira

O PORQUÊ DESTE ESTUDO"

"A mula e a mulher o pau as cura" "A mulher e o pedrado quer-se pisado"Para que não mais se repitam, de geração em geração, preconceitos e estereótipos que vão moldando negativamente a forma de pensar e de agir...Desde Novembro de 1998 que decorre uma "Campanha Contra os Maus Tratos Sobre as Mulheres na Região Autónoma da Madeira", dinamizada pela Comissão de Mulheres da CDU.

Durante esta campanha foram sendo desenvolvidas estratégias de intervenção, no sentido de aprofundar o conhecimento da sua dimensão social, através de contactos com organizações sociais diversas, troca de opiniões, diferentes abordagens em debates públicos e propostas de acção junto do poder político regional.

Ficou evidente que a violência física e psicológica sobre as mulheres é um grave problema social que atinge todas as camadas sociais, assumindo consequências particularmente gravosas nas mulheres mais carenciadas, dado que estas se encontram numa situação de maior vulnerabilidade. As carências económicas e sociais — associadas muitas vezes ao alcoolismo — e os constrangimentos culturais levam a que as madeirenses vivam as agressões em silêncio.O desenrolar da campanha, e o Estudo feito no seu âmbito e que agora se publica, veio ainda comprovar que os maus tratos sobre as mulheres constituem um problema social envolto num "muro de silêncio".

O seu lançamento e as iniciativas públicas realizadas contribuíram para quebrar alguns tabus, confirmar a morosidade da justiça, a inexistência de estruturas de atendimento, de encaminhamento, de apoio e de abrigo às mulheres vítimas de violência. Em 1999, a Assembleia Regional rejeitou uma proposta da CDU para a realização de um Estudo Sobre os Maus Tratos à Mulher nesta Região Autónoma, revelando o desinteresse que o poder político da Madeira tem pelas mulheres [...]".

Livro disponível para consulta na SLG da Biblioteca Pública Regional da Madeira

FLO316.6RAM
CRUZ, Carla

A violência conjugal na ilha da Madeira : uma investigação sociológica dos maus tratos sobre a mulher durante o ano 2000 / Carla Cruz, Dália Costa, Maria João Cunha ; il. Clara Magro Jorge. - Lisboa : Avante, 2002. - 491, [2] p. ; 30 cm. - [SLG]ISBN 972-500-289-2