ë Livro da semana: 30 anos de Autonomia 1976-2006
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A nobreza insular, em particular, ligada à casa da morgada D. Guiomar Madalena de Vilhena, tia-avó do futuro conde de Carvalhal, de acordo com as queixas que esse mesmo governador largamente enviou para Lisboa, colocou sempre reservas às suas determinações, não se tendo coibido Sá Pereira, inclusivamente, de deportar para o Norte da Ilha um dos tios da morgada, o padre D. João José de Sá.
O governador conseguiu, assim, congregar à sua volta um verdadeiro mal-estar e, quando teve a notícia da queda, em Lisboa, do marquês de Pombal, sabendo o que o esperava, praticamente em segredo, abandonou com a família o palácio de São Lourenço, deixando o governo entregue a um triunvirato. Infelizmente, dada a falta de vento, o navio não conseguiu sair da baía, limitando-se a ficar ao largo. João António de Sá Pereira viu-se, assim, na situação de ter de assistir à iluminação festiva de toda a cidade, comemorando a sua saída e, ainda, nessa sequência, a um espectáculo de lançamento de fogo-de-artifício.
Nos inícios do século seguinte, inclusivamente, já eram patentes na Madeira sensibilidades políticas diversificadas, então designadas como "partidos", embora longe da configuração que hoje atribuímos ao termo, e uma imprensa activa e até agressiva na defesa dos interesses insulares. Em 1821, fundou-se na Madeira o célebre Patriota Funchalense, essencialmente da responsabilidade do Dr. Nicolau Caetano Bettencourt Pita, que escolheu para edição do seu primeiro número o dia 2 de Julho de 1821, considerado o do aniversário do descobrimento oficial da ilha da Madeira [...]"
In: As raízes da consciência política madeirense, p.13Nos inícios do século seguinte, inclusivamente, já eram patentes na Madeira sensibilidades políticas diversificadas, então designadas como "partidos", embora longe da configuração que hoje atribuímos ao termo, e uma imprensa activa e até agressiva na defesa dos interesses insulares. Em 1821, fundou-se na Madeira o célebre Patriota Funchalense, essencialmente da responsabilidade do Dr. Nicolau Caetano Bettencourt Pita, que escolheu para edição do seu primeiro número o dia 2 de Julho de 1821, considerado o do aniversário do descobrimento oficial da ilha da Madeira [...]"
Obra disponível para consulta na SLG da Biblioteca Pública Regional da Madeira
FLO323.1RAM
CARITA, Rui, 1946-30 anos de autonomia, 1976-2006 / Rui Carita ; des. Virgílio Gomes ; ed. lit. Assembleia Legislativa da Madeira. - [Funchal] : Assembleia Legislativa da Madeira, 2008. - 304 p. : il. ; 30 cm. - [SLG]. - Bibliografia, p. 303ISBN 978-989-95742-05
Autonomia -- Arquipelágo da Madeira (Portugal) -- 1976-2006
CDU 323.1(469.8)"1976/2006"
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